Fogo sobre a terra, nuvens de fumaça sufocando a natureza que geme sob o impiedoso descaso do ser humano... Queima por ignorância e deixa queimar por ingratidão, para fazer germinar as sementes lançadas sobre uma terra que insiste em fazer brotar graciosamente o alimento, renovando a vida, pintando de verde o rastro negro do carvão e das cinzas da vegetação morta, cobrindo o ocre da terra seca e o vermelhão das chamas destruidoras da vida.
Queimadas assassinas, braseiros perversos brilham em cores ardentes, compondo cenas dantescas que não devem ser ignoradas! Esta triste poética das chamas, me inquieta em imagens insistentes delineadas no pó dos pasteis que esperançosamente pinto como apelo para uma nova conscientização da responsabilidade humana pela conservação do nosso planeta.
Queimada - Estudo 01 - 2010
Pastel sobre papel - 30 x 21 cm.
Queimada - Estudo 02
Pastel sobre papel - 30 x 21 cm.